segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Por uma definição justa de pirataria

A pirataria é um mal que paira sobre a Humanidade. Todas as semanas, navios de praticamente todas as nacionalidades correm grandes riscos de serem abordados por piratas somalis nos Mares Arábico e Índico. Enquanto isso é um atentado à integridade física de pessoas e um roubo de produtos físicos - e a também antiga contrafacção de artigos coloca em risco a vida ou a saúde das pessoas - os governos e entidades mais ou menos oficiais preocupam-se principalmente com um tipo de pirataria bem mais ofensivo ou perigoso: a democratização do conhecimento cultural, através da partilha de conteúdos digitais.

Os conteúdos digitais foram uma invenção da indústria. Dando variedade de formatos e portabilidade, tencionavam vender mais, mais depressa e com maior lucro. E tal como no tempo dos gravadores de VHS, os consumidores contornaram as regras. Se há vinte anos as revistas apoiavam o consumidor fornecendo capas e códigos para gravar à hora certa, agora são os próprios fornecedores de serviços televisivos a permitir a gravação e visionamento posterior com um mínimo de esforço. E isso é legal porque, apesar de os fabricantes de conteúdo não gostarem, como são empresas que o fazem pagam impostos, continua a ser negócio. Os consumidores agradecem o serviço prestado.

Vender DVD contrafeitos é ilegal. Porque nesse cenário não ganha quem faz o conteúdo, nem quem o vende paga impostos sobre o seu trabalho. O consumidor agradece pagar menos do que por um bilhete de cinema ou uma cópia oficial e, como os tempos estão difíceis, já sente que é justo cortar numa despesa “supérflua” como é o entretenimento.
Disponibilizar conteúdos online equivale ao anterior porque, atingindo determinada escala, começa a arrecadar quantias consideráveis de dinheiro com a publicidade.

E se quem os coloca online não estiver a ter lucro, nem a roubar a ninguém? Esse era o caso do blog My One Thousand Movies. Os três mil filmes que tinha eram clássicos que não se encontram à venda nem passam na televisão. Pretendiam dar a conhecer o património cinematográfico da humanidade. Serviam para descobrir cineastas esquecidos e obras de culto, mas com pouca resolução para que ninguém se sentisse tentado a ficar com essa versão em vez de se dedicar a procurar no mercado convencional de importação uma versão melhor. Outra vantagem é que no My One Thousand Movies todos os filmes tinham legendas em português ou numa língua mais ou menos compreensível. Na importação não.

Dia 16 de Dezembro foi fechado pela Google sem qualquer aviso por incentivo à pirataria. Estamos a falar de filmes quase impossíveis de encontrar no mercado, que em nada rivalizavam com a versão comprada, se existisse uma, e que tinham no máximo uma centena de downloads provenientes de todo o mundo, não apenas de Portugal.
O que o My One Thousand Movies fazia era complementar (ou substituir) a missão da deficiente televisão pública de educar cinéfilos. Muitos bloggers recorreram a este repositório para rever um título acarinhado, ou, a partir do filme e da pequena resenha que o acompanhava, fazerem publicações com as quais muitas outras centenas de pessoas ficaram com vontade de descobrir um cinema marginal e esquecido.
Isto não é pirataria, é serviço público, e é preciso (re)definir o enquadramento legal adequado.

Se alguém errou no meio disto tudo foram as distribuidoras que não viram interesse em comercializar os filmes. Ninguém o pode ver porque não compensa comprar os direitos e fabricar para pouca gente? Sugeríamos que houvesse um videoclube online no qual, por um valor simbólico, se pudesse ver o filme contribuindo para a distribuidora.
A distribuidora não teria encargos com a manufactura de cópias físicas que ficariam a ocupar espaço em armazém.
Os consumidores exigentes encontrariam o que queriam imediatamente sem remexer em caixotes de promoções nas superfícies comerciais.
Os retalhistas não estão interessados em ter uma cópia única de milhares de filmes que poderão nunca vir a comercializar, mas estariam interessados em vender cartões pré-pagos de acesso a esse serviço, como fazem para as consolas.
Se o preço fosse suficientemente baixo toda a gente poderia espreitar e talvez descobrir algo único.

Enquanto este tipo de serviço não existir, estaremos sempre dependentes da boa vontade, dedicação e cultura de pessoas como o autor do MOTM. Mesmo que achem que isso vai contra a lei. De todos nós, obrigado.

Signatários

Ana Sofia Santos Cine31 / Girl on Film
André Marques Blockusters
António Tavares de Figueiredo Matinée Portuense
Armindo Paulo Ferreira Ecos Imprevistos
David Martins Cine31
Eduardo Luís Rodrigues EddyR Corner
Francisco Rocha My Two Thousand Movies
Gabriel Martins Alternative Prison
Inês Moreira Santos Hoje Vi(vi) um filme / Espalha-Factos
Jorge Rodrigues Dial P for Popcorn
Jorge Teixeira Caminho Largo
Luís Mendonça CINEdrio
Manuel Reis Cenas Aleatórias / TV Dependente
Miguel Reis Cinema Notebook
Miguel Lourenço Pereira Cinema
Nuno Reis Antestreia
Pedro Afonso Laxante Cultural
Rita Santos Not a Film Critic

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Coisas da privacidade.

(post escrito há muito tempo e publicado online numa data qualquer num futuro a médio-prazo)

Apresento-me como sou na internet porque sim. Porque opto dar a cara. Há dissabores? Claro que há, é parte disso. Mas não me escondo atrás de uma fachada, não me escondo atrás de um fotograma de Ingmar Bergman ou de uma foto da Marilyn Monroe nua. Isto que está aqui é quem eu sou. Nas redes sociais, nos blogs. Eu sou eu.

No entanto, isso não justifica que mexam na minha vida privada. Eu sou um junkie das definições de privacidade do Facebook. Pormenorizo tudo.

Outra coisa em que sou junkie: Acreditar na espécie humana como uma espécie inteligente, capaz de discernir aquilo que são discussões civilizadas e vale-tudo. De vez em quando, lá surge um energúmeno que nos lembra que não é possível fazer isso.

Mas é só um.

Entre muitos.

Haters gonna hate.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Que Deus abençoe a América.

AVISO: Pode conter spoilers do filme.


No Rotten Tomatoes, há uma coisa que eu uso com frequência: A lista de filmes que despertam o meu interesse. E, desde que vi o trailer, fiquei interessado nesta "comédia negra", como lhe chamam. Há algumas semanas, obtive uma cópia.

E entretanto aconteceu tudo aquilo que nós sabemos que aconteceu em Aurora, Colorado. Um gajo mais pirado da mona que o Renato Seabra entrou no cinema e matou 12 pessoas e feriu outras 50.

O problema é que James Holmes não fez aquilo que, cordialmente, Frank (Joel Murray, aqui com uma excelente performance que oculta o Eddie, da versão americana de "Shameless") e Roxy (Tara Lynne Barr, guardem o nome) fizeram, e o que eles fizeram foi um desejo que já passou pela cabeça de todos nós que vamos ao cinema: Matar aqueles cromos que falam ao telemóvel numa sala e não têm qualquer respeito por quem quer ver o filme. Já me aconteceu, já me deu vontade.

A história é simples: Frank, divorciado, recém-desempregado, com um tumor inoperável, farto do lixo que a TV lhe entrega todos os dias na forma de reality (e talent) shows idiotas (Ah, Kardashians, Teen Moms e American Idols...) e analistas políticos xenófobos (Ah, essencialmente Fox News...), e após reparar que a sua filha se tornou em mais uma adolescente mimada (praí aos 8 anos, como é habitual actualmente) decide-se suicidar.

Mas os problemas de primeiro mundo enervam-no. Quem raio quer saber do carro errado ou do telemóvel errado? Porque é que a prostituição televisiva é tão importante? Porque é que se promove o medo?

Bobcat Goldthwait (realizador, podem conhecê-lo como Zed nos filmes 2, 3 e 4 da "Academia de Polícia"), tem aqui um filme bom. Que questiona os EUA e a cultura pop que nos tentam impor através de reality-shows que nada têm de reality ou de programas caça-talentos que se focam nos cromos. Um "justiceiro" e... Uma rapariga de 16 anos que pode muito bem ter futuro como psicopata.

Vejam. Começa negro, mas vai-se tornando mais leve. E qualquer semelhança com "American Dreamz" é pura coincidência.

Confessem lá: Nunca tiveram vontade de fazer algumas das coisas deste filme a várias pessoas?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Crítica à crítica "Eles não vivem", de Luís Miguel Oliveira


A crítica em questão encontra-se neste link. Tem spoilers sobre o filme (já falo disso). Leiam por vossa conta e risco.

Não esperem aqui uma defesa de The Dark Knight Rises como sendo "o segundo melhor filme alguma vez feito", se contarmos The Dark Knight como sendo "o melhor filme alguma vez feito". Não vi o novo, e o anterior vi aos bochechos. Tal como o Batman Begins. Tenho de os ver aos três.

Opiniões são como os cus: cada um tem a sua. O problema aqui não é a opinião de LMO, são três aspectos:
 - Uma gralha que ele tenta passar por irrelevante (e que, inclusivamente, tinha apagado do texto online);
 - A forma como escreve, essencialmente de uma forma agressiva;
 - Spoiler.

A primeira é um erro enorme da internet. Quando está na internet, já está. Pessoas viram, pessoas leram, pessoas gozam. Por mais que se apague algo, vai ficar sempre o registo.

Quanto à segunda, são formas de escrever, embora me dê um trabalho enorme ao ler este texto para me acalmar. Parece que alguém queria ser realizador quando era pequeno mas a escola de cinema não o aceitou por uma décima.

A terceira... ABSOLUTAMENTE IMPERDOÁVEL. Nunca, NUNCA, numa crítica de um filme, se devem colocar spoilers sobre o mesmo, particularmente um spoiler sobre uma reviravolta (previsível ou não). A forma de escrita agressiva misturada com isto faz-me dizer "este gajo é parvo!".

Mais uma vez, o meu problema não é com a nota, nem com aquilo que ele acha do filme: É com a crítica em si. Não são as expressões intelectuais como "zelo" (ok, não é muito) ou "fastidiosos" (mas esta é!) que fazem de uma crítica uma boa crítica. Descascar nos filmes é bom (eu fiz isso com John Carter e com o Episódio I de Star Wars), é terapêutico. Mas daí a ser agressivo para com todos os outros filmes de um realizador, é outra história (lá porque eu ache John Carter uma perda de tempo, não quer dizer que não goste ou deixe de gostar de Wall-E ou do Nemo).

O meu problema é com aqueles três aspectos. A falta de reconhecimento da gralha (e, horas depois, a correcção, mais uma vez num tom bélico*), a agressividade e, especialmente, o spoiler. Que é completamente desnecessário ali. Coisas assim não se dizem. Lá porque não gostou do filme, não tem de o estragar para quem o quer ver.

Vou ser simpático e não vou classificar isto com estrelas.

*Raios, já começo a sofrer disto.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Foi encontrada a cura para a estupidez. Ou não.


Estava eu muito bem a almoçar no El Corte Inglés quando, de repente, se senta numas mesas ao meu lado um asno (com os amigos). O asno, para merecer esta designação, esteve ali 5 minutos a dizer aos amigos que "a homossexualidade tinha cura".

Tenho de lhe dar razão. A homossexualidade tem cura. E a estupidez também. Alan Turing curou a sua homossexualidade com cianeto injectado numa maçã. Deixou de ser homossexual*. Creio que também dá para curar a estupidez assim**.

* Não tomem isto como referência, porque Alan Turing, ao mesmo tempo que deixava de ser homossexual, também deixava de estar vivo.

** A sério, foi só um exemplo. Se são estúpidos e estão a ler isto (embora provavelmente não leiam os asteriscos, ou "estrelinhas"), tornem-se boas pessoas. Vejam as notícias. Convivam em sociedade aberta. E irão aperceber-se, entre várias coisas, que se é chato pisar a merda do cão dos outros, não vão deixar a merda do vosso cão no passeio.

terça-feira, 1 de maio de 2012

E o prémio para acto mais corajoso da actualidade vai para...

Paul Miller. Ele decidiu cortar laços com a internet.

"Internet use" includes web browsing from any device, asking anyone to web browse for me, surfing the internet over someone's shoulder, and enjoying entertainment streams like Netflix, even if started by someone else. I won't sync my devices over the internet, download software (even operating systems), use internet-verified DRM, or anything like that. I won't manage my bank accounts over the internet, and will attempt to pay my bills manually or over the phone. Unless I'm doing it unknowingly, I won't use VoIP. I'll avoid even having my Wi-Fi on in order to avoid accidental internet use. 
Additionally, I'm going to attempt to eliminate my text messaging, at least as far as that's in my power. I know it's not over the internet, but I'm trying to eliminate ambient distractions, and I think SMS tends to be one. To help lower my temptations, I've switched to a dumbphone. 
I will use credit cards and I will use phone services that might be operated by internet-connected computers instead of humans (if I can't find another way to contact a company).

Admiro-o. Neste momento, não teria tomates para fazer isto. E só posso dizer que quero acompanhar isto diariamente. Se o quiserem fazer, sigam o The Verge. É um belo de um site.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Uma crítica à Joel Neto. Não "ao", "à". Como em "maneira de ser".

Sabem que mais? Estive 20 minutos à volta disto e não dá. Não dá. Aquela crítica a Game of Thrones está tão genialmente mal escrita que se nota logo que não foi pensada.

Passo a referir aquilo que eu ia escrever:
O que inquieta em "The Client List", é que Jennifer Love Hewitt, como "massagista que promove finais felizes", ainda tem coisas para aprender (várias coisas, aliás). E, já agora, apelar ao lado infantil do espectador.*
Porque é que não escrevi isto? Porque há uma ligação óbvia: "The Client List" é uma série do canal Lifetime, que é propriedade da NBCUniversal (15%), da A&E Television Networks (42.5%) e...

Da Disney (42.5%). Ou seja, sendo da Disney, iria obviamente apelar ao lado infantil do telespectador. Nem que fosse pelas mamas.
Quem é que passa a vida a ver mamas? Os bebés.
Vítor Rodrigues, Hot & Not [29/04/2012]

É assim que se nota aquilo que foi minimamente pensado e aquilo que foi despejado para uma página de um dos jornais mais reputados do país (se bem que já foi mais reputado que agora).

Querem uma crónica minimamente pensada? Esta. Reparem no primeiro parágrafo, como é bem pensado.

À minha frente, no monitor do meu computador, está um texto com uns 8000, 8200 caracteres. Pelo modo como o primeiro parágrafo está escrito, o sexto parágrafo redigido e toda a crónica finalizada, percebo logo que é parvo.

Isto sim. José António Saraiva, por muito homófobo que seja, pensa nas palavras que usa. Pouco, mas pensa.

Fico ansiosamente à espera por uma nova laracha de Joel Neto. Não sei quando, não sei onde. Mas vai acontecer.

Já agora, vão ao TVDependente. O Pedro Andrade também escreveu sobre isto, o Vítor Rodrigues fez aquilo que JAS fez (a parte do pensar, não a parte de achar que um gajo com um torcicolo é gay) e nós falamos sobre o assunto no nosso mais recente podcast. Que até podem ouvir aqui.


*NOTA: Não vejo The Client List. Tal como Joel Neto (muito provavelmente) não vê Game of Thrones.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Coisas que têm aparecido por aí e um pedido.

(Em 3D dava um efeito do caraças. Aquela espada tem o tamanho do Peter Dinklage.
FOTO: Cátia Barbosa / Syfy Portugal
  • Falei com George R.R. Martin, o criador da saga de livros que deu origem a uma série da HBO bastante boa: Game of Thrones. A entrevista está aqui.
  • Fiz mais uma edição do podcast TVDependente, que podem ouvir aqui:

  • Também nos podem subscrever no iTunes a partir deste link.
O único pedido que tenho a fazer é... Comentem. O melhor feedback que alguém que escreve textos pode ter é o feedback dos leitores. E isso só se faz com comentários. Por isso... Digam qualquer coisinha.* Vá.

*Se for para insultos, mais vale estarem calados. Se bem que, havendo moderação, são rapidamente filtrados. Não gastem o vosso tempo. ;)

sábado, 14 de abril de 2012

A Invenção de Scorsese.

Pronto, o título já está. Agora falta o resto do texto.


"Hugo" é uma obra-prima. Seja pelo 3D, seja pela história, seja pela fotografia, por algumas sequências fabulosas, seja pela banda-sonora... É um filme fabuloso e um grande par para "O Artista" neste último ano.

Se "O Artista" é um filme mudo como há muito não se fazia, "Hugo" pega na nerdice de Scorsese pela história do cinema e coloca-a no grande ecrã. Scorsese quase que tira todo o crédito a Brian Selznick, escritor do livro em que se baseou o filme, mas isso é algo perfeitamente natural. Eu já disse várias vezes e volto a repetir: Pagava para ver Scorsese em palco a contar a história do cinema.

O elenco está muito bem escolhido (a Chlöe Moretz vai dar uma grande actriz, digo-vos), mas há dois pormenores que me fizeram espécie: O mau sotaque inglês (às vezes pior que Dick Van Dyke em Mary Poppins) por parte dos americanos e... Realmente, porque raio é que falam em inglês? Só porque filmaram essencialmente no Reino Unido? A HISTÓRIA PASSA-SE EM FRANÇA, PORRA!

À parte disso... Ver Méliès numa sala de cinema em 3D... É fabuloso. Era menino para ter aplaudido no fim do filme. Mas depois lembrei-me que seria considerado louco e, por isso, podia muito bem sair de camisa de forças da sala.

Se não foram, vão ver. E não se esqueçam dos óculos 3D.

½

sexta-feira, 23 de março de 2012

Review: John Carter (De Marte. Não, espera, afinal não é. Não, espera, afinal é. Ah, não, não é.)



O fantástico talento de Andrew Stanton (o filme recordou-me, em certas imagens, o tremendo Wall-E e o não-tão-tremendo-mas-mesmo-assim-digno Uma Vida de Insecto) perde-se completamente nas duas horas do filme. (Que parecem mais. Muito mais!) O argumento (em que Stanton participou) é fraco, carregado de clichés e partes completamente desnecessárias. Os actores (Taylor Kitsch, Lynn Collins, Daryl Sabara e Bryan fucking Cranston, entre outros), são vítimas disso, e ainda fazem pior: Over-acting e sotaques estranhos. Salvam-se um "cão" com 6 pernas e as cenas finais do filme.

Além disso, um filme da Disney com animais trespassados, decapitações e bebés (aliens, sim, mas BEBÉS!) a serem mortos a tiro? Isto não é a Disney que eu conheço.

Orçamento: 250 milhões. Tanto dinheiro e pouco se aproveitou. E provavelmente vai dar prejuízo.

Mas a banda sonora era porreirinha.

★½

3D: É um 3D muito normal, jogo de perspectivas. Desnecessário.